- Grama brasileira
- Manutenção do relvado
Grama Brasileira e as temperaturas baixas
O inverno sempre chegou e as temperaturas têm vindo a baixar.
Nas coberturas, o manto branco de gelo é bem visível de manhã e o verde vai-se perdendo, dando lugar a coberturas mais amareladas, fruto do “queimar” parcial ou por vezes total das plantas que o compõe.
A comumente chamada grama brasileira (Axonopus compressus), muito utilizada e em grande expansão no nosso país, sendo uma planta originária do continente americano, com principal incidência em países de clima tropical e subtropical, não deixa de se ressentir no inverno.
Apesar de se adaptar bem a diferentes regiões, inclusive frias e com geadas, não é uma boa aposta para climas muito quentes e secos. Dá-se a pleno sol e a meia-sombra, formando um tapete denso.
Com desenvolvimento ótimo a registar-se em temperaturas médias de 19 -27ºC, apesar da utilização de variedades mais resistentes e adaptadas, a verdade é que a planta praticamente cessa o seu desenvolvimento, a cor verde perde intensidade e as pontas começam a secar.
Formas de minimizar os danos das temperaturas baixas na grama brasileira:
- Fertilização atempada com o objetivo de proporcionar uma maior resistência à planta.
- Utilização do sistema de rega para “quebra do gelo” (regas curtas de cerca de 2 minutos, dependendo dos equipamentos de rega, e realizadas pela manhã em horário em que a temperatura registada não permita uma nova “congelação”).
- Cortes altos no período de outono e inverno (acima dos 3 cm)
- Aplicação de bio estimulantes (bio estimulante é um composto derivado de substâncias naturais, contendo substâncias ativas e/ou microrganismos que, quando aplicados à planta, promovem uma maior eficiência do uso de nutrientes e um incremento da tolerância a stresses bióticos e abióticos).
Apesar deste “pequeno senão”, a cobertura de grama continua a ser uma boa opção, pelo seu desenvolvimento, maior tolerância ao ensombramento e humidade, maior resistência ao pisoteio e excelente capacidade de rejuvenescimento.
Do aspeto menos “bom” no inverno, temos a vantagem de uma menor manutenção, se bem que esta convém sempre existir a fim de minimizar os danos e potenciar uma recuperação mais rápida.