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Os 5 erros mais comuns na jardinagem - e como evitá-los
Aprendemos a jardinar maioritariamente por tentativa e erro – para muitos de nós, principalmente por erro.
Plantar uma espécie de sombra em pleno sol provavelmente não irá ter muito sucesso. Mas todos nós já passámos por isso, e a boa notícia é que podemos aprender com os erros dos outros e também com os nossos. Primeiro, precisamos admitir que não somos perfeitos e que não sabemos tudo.
Um exemplo por todos reconhecido, é a plantação de hortelã, que muitos de nós pensamos que pelo facto de a colocar num vaso, ou seja ficar contida num recipiente, podemos evitar o seu alastramento pelos canteiros do jardim. Claro que no primeiro verão tudo correu bem. Mas a hortelã é uma “saltadora de vasos” e espalhou-se por meio de sementes e raízes que emergiram dos orifícios de drenagem do vaso até ao subsolo. No ano seguinte, foi necessário remover todo o canteiro e aprendemos, rapidamente, a reconhecer plantas invasoras, mesmo que não sejam rotuladas como tal.
Estes são os cinco erros mais comuns na jardinagem – e como evitá-los:
Não testar o solo
O pH adequado do solo é o fator principal para o sucesso, mas não há um número mágico. Os tomates, por exemplo, crescem melhor em solos com pH entre 6,0-6,8. As plantas de mirtilo, por outro lado, provavelmente ficarão amarelas e produzirão poucos ou nenhuns frutos, se o pH for superior a 5,5. Isso ocorre porque os nutrientes estão disponíveis para as plantas apenas em determinados níveis de pH, que variam para cada tipo de planta.
Os kits de teste são relativamente baratos e estão amplamente disponíveis. Pegue um e teste o solo em cada canteiro individualmente, pois o pH geralmente varia mesmo na mesma propriedade. Uma leitura de 7,0 é considerado PH neutro. Qualquer número inferior indica solo ácido; superior, solo alcalino.
A solução ideal seria selecionar as plantas mais adequadas às condições do seu jardim. Mas suponha que você precise conciliar o seu desejo de ter um tomateiro com um valor baixo de pH do seu solo (solo ácido)? Nesse caso, pode incorporar cal dolomítica (siga as instruções da embalagem) para aumentar o PH. E assim como a cal aumenta o pH – ou aumenta a alcalinidade – do solo, corretivos como o enxofre elementar irão reduzi-lo (opte por granulado em vez de pó e, novamente, siga as instruções).
Regar incorretamente
A maioria das plantas de jardim requer 25 a 35mm de água por semana, seja de chuva ou irrigação suplementar. Mas deixar isto apenas para a rega com aspersores, embora seja o mais adequado para o seu relvado, pode colocar em risco arbustos, plantas anuais, perenes e comestíveis. Mofo, bolor, doenças fúngicas e bacterianas podem propagar-se à medida que a água fica retida entre as partes da planta ou escorre das folhas infetadas para as saudáveis.
Em alternativa, considere uma mangueira micro perfurada ou um sistema de irrigação gota a gota. Isso direcionará a água para as raízes, onde é necessária, em vez de folhas, frutas e flores.
Não aplicar composto
O composto é um dos melhores amigos do jardineiro: melhora a drenagem dos solos argilosos (pesados), aumenta a capacidade de retenção da água nos solos de areia e adiciona nutrientes de alta qualidade.
Incorpore porções generosas em novos canteiros e bordos, ou adicione uma quantidade igual à metade do solo removido em covas individuais de plantio.
Planta errada, lugar errado
Uma planta classificada como de “sol pleno” provavelmente nunca atingirá o seu pleno esplendor se plantada em meia sombra e vice-versa. E não fará diferença todo o cuidado que tiver com ela, “tolerante à seca” nunca irá significar que “gosta de solos mal drenados e encharcados”.
A seleção de plantas adequadas às suas condições de cultivo resultará num jardim mais bonito e saudável e que requer menos cuidados e manutenção.
Mulching inadequado
O mulch retém a humidade do solo, suprime as ervas daninhas e ajuda a manter a temperatura do solo uniforme, por isso é um componente essencial de qualquer jardim. A cobertura inadequada pode, no entanto, matar as suas plantas.
Opte sempre por um material natural, orgânico, que irá enriquecer o solo à medida que se decompõe.
Por uma questão de rotina, aplique 5 a 10 cm de cobertura ao redor das plantas. Mantenha o material entre 7 a 10 cm de distância dos troncos e caules para evitar bloquear a circulação de ar e a humidade, o que resultaria em podridão.
Comentários
Aida
Adoro plantas mas nem sempre acerto nas suas necessidades.
Quero apender