- Problemas no relvado
Relvados e ervas daninhas: Como prevenir e combater
Porque é que tenho tantas ervas daninhas no meu relvado?
A disseminação das ervas daninhas podem ocorrer de diferentes modos, nomeadamente através da aplicação de matéria orgânica e/ou mudas contaminadas, equipamentos agrícolas contaminados com restos de outras plantas ou podem ser trazidas a partir de sementes levadas pelos pássaros ou pelo vento e uma vez germinadas dispersam-se. A falta de alimentação regular, a seca, o solo compactado e os cortes apurados e frequentes podem ser a causa do seu desenvolvimento.
As ervas daninhas que se propagam por sementes, tais como o dente-de-leão (Taraxacum officinale) ou a Tasneirinha (Senecio vulgaris), desenvolvem flores já poucas semanas após a sua germinação. Assim que se formam as sementes, estas ervas começam a espalhar-se de forma imparável por todo o relvado.
Taraxacum officinale
O trevo (Trifolium spp), por outro lado, desenvolvem ramificações compridas que se estendem por toda a área. Estas plantas pertencem às chamadas ervas daninhas rastejantes.
Trifolium spp
Ainda mais difícil de combater, um verdadeiro pesadelo, são as ervas daninhas que se espalham a partir das raízes, tais como a junça (Cyperus esculentus) . Estas ervas criam rizomas subterrâneos por baixo do relvado e limitam mesmo o crescimento das raízes da relva. Para que a estratégia de gestão das junças seja bem-sucedida deve ser dirigida à parte subterrânea da planta, visando esgotar as reservas existentes nos tubérculos e suprimir a produção de novos tubérculos.
Independentemente da forma como se propagam, vale o seguinte para todas as ervas daninhas: quanto mais cedo começar a combatê-las, mais depressa consegue tomar o controlo da situação.
Cyperus esculentus
Outras das infestantes mais importantes dos relvados são as chamadas gramíneas de Verão, plantas anuais vulgarmente conhecidas como as milhãs (Digitaria sp.; Eleusine sp.). Espécies onde é fundamental o tratamento em pré-emergência.
Digitaria sp
E como prevenir?
Nem mesmo os melhores cuidados e a maior dedicação conseguem evitar sempre que as ervas daninhas se instalem num relvado. Mas uma manutenção adequada torna o seu relvado mais forte e robusto e por isso menos passível de ser atacado por doenças, pragas, musgo ou ervas daninhas.
Muitas ervas daninhas nativas conseguem aguentar muito tempo sem nutrientes e só se tornam um concorrente sério à relva quando esta não está nas melhores condições, nomeadamente por não terem sido fornecidos os nutrientes adequados e na medida certa. Pode prevenir essa situação, forneça ao seu relvado todos os nutrientes importantes em forma de fertilizante.
Ou seja, como medida preventiva, deve assegurar-se de que fornece ao relvado a dose certa de azoto e outros nutrientes necessários. Também a escolha correta da camada superior do solo pode ajudar a evitar as ervas daninhas.
Além disso, é importante cortar a relva com regularidade, pois a maior parte das ervas daninhas não tolera o corte tão bem como a relva, visto que querem crescer em altura e formar flores.
Como combatê-las?
Se aparecerem ervas daninhas isoladas, podem facilmente ser retiradas com a raiz com recurso a uma ferramenta de jardinagem.
Recolher as daninhas antes de cortar ajuda a travar a expansão dos estragos. Se já estão presentes mas pouco desenvolvidas, podem ser eliminadas com uma forquilha de mão. Para evitar que voltem a rebentar, deve retirar todas as raízes, sendo isso de particular importância no caso das ervas daninhas que criam rizomas subterrâneos.
Se as ervas são muito vigorosas será necessário retirar e voltar a plantar as zonas afetadas.
Caso contrário, deve usar herbicidas seletivos. Uma remoção mecânica nem sempre é suficiente para afastar as ervas daninhas de forma permanente.
Em alternativa a este tipo de produto, pode também optar por um fertilizante com herbicida. É uma boa opção se toda a superfície do relvado apresentar ervas daninhas no início da época de crescimento. Deve ter em conta que o tempo quente facilita a morte das ervas daninhas, enquanto o tempo mais fresco lhes dá força.